Tecnologia da Informação agiliza indústria automotiva

Engenheira da General Motors aplica na empresa projeto que desenvolveu durante Mestrado Profissional da Poli/USP e confere a importância da TI na redução de custos, melhoria da qualidade e otimização do tempo de desenvolvimento de novos produtos na indústria automobilística – que passou de 60 para 20 meses!

“Hoje, seria praticamente impossível viver sem a aplicação da Tecnologia da Informação (TI)”, afirma a engenheira do Produto da General Motors (GM), Maria Claudete Afonso Onofre Fioravanti, que desenvolveu o trabalho “A aplicação da Tecnologia da Informação no desenvolvimento de produtos em projetos automotivos” para o curso de Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP).

Por meio da aplicação do trabalho, ela constatou que o uso da TI – conjunto de recursos tecnológicos e computacionais voltados para geração e uso da informação – tem contribuído, significativamente, para melhorar a qualidade dos produtos, reduzir custos e promover uma otimização no tempo de desenvolvimento dos produtos na indústria automobilística.

A GM tem um papel de destaque dentre as grandes companhias fabricantes de automóveis do mundo, com diversas marcas e alianças estrategicamente distribuídas pelo globo. Para atingir essa liderança a montadora criou, na década de 1990, seu próprio processo de desenvolvimento de novos produtos, chamado de Global Vehicle Development Process (GVDP). “Naquela época, o GVDP médio para o desenvolvimento de um projeto novo era de aproximadamente 60 meses. Hoje, com a integração da TI, o GVDP é realizado em menos de 20 meses”, relata a engenheira. Para se adequar às exigências do programa, cada área ou fase integrante do GVDP passou por um processo de reengenharia (ações de melhoria que exigem um repensar radical em toda a empresa, função e processo). Dentre as etapas analisadas estão as de Estilo, Engenharia do Produto, Engenharia de Manufatura, Engenharia de Ferramental, Instalações de chão de fábrica e Início de produção.

Claudete comenta que os benefícios trazidos pela tecnologia compensam o alto investimento em máquinas, recursos, sistemas, treinamentos etc. Ela ressalta que o uso de TI também tornou a comunicação entre os cinco centros globais de desenvolvimento da GM pelo mundo (Alemanha, Estados Unidos, Brasil, Austrália e Coréia), mais rápida e econômica. “Atualmente, a mesma interação existente entre os departamentos da GM Brasil também ocorre entre as demais divisões internacionais, que se comunicam entre si por meio de recursos de áudio e vídeo (conference calls e video conference), obtendo um resultado similar, proporcionado pelos encontros face to face.”

Em seu Trabalho de Conclusão de Curso Claudete observou uma maior utilização dos protótipos virtuais, o que permite à montadora promover uma economia considerável em seus projetos, além, claro, da significativa redução do tempo de montagem e execução do protótipo, garantindo resultados representativos e precisos. “As simulações virtuais estão cada vez mais próximas da realidade. Agora, em um curto espaço de tempo, conseguimos fazer inúmeros testes virtuais com excelente qualidade devido à correlação de dados matemáticos e experiências adquiridas.” Para ela, a Tecnologia da Informação permite gerenciar e analisar todos os dados, com ganhos de tempo, racionalização, ensaios, enfim, o engenheiro passa a ter em mãos uma ferramenta que permite total compreensão do processo de desenvolvimento de um veículo.

Formada pelo curso de Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva da Poli/USP em 2005, a engenheira da GM venceu o desafio de realizar um projeto abrangente, baseado em dados reais. Segundo Maria Claudete Fioravanti, o Mestrado lhe deu embasamento para atuar de forma profunda, com conhecimento para sugerir e promover melhorias na empresa.


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