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Pesquisa: Veículos globais – melhor estratégia para montadoras e consumidores – Centro de Engenharia Automotiva da POLI-USP

Pesquisa: Veículos globais – melhor estratégia para montadoras e consumidores

As plataformas e arquiteturas globais possibilitam maior volume de produção, redução de custos e aumento da qualidade

catia

Catia da Silva Ferreira, mestre em Engenharia Automotiva pela Poli/USP

A utilização de plataformas e arquiteturas globais no desenvolvimento de veículos é, atualmente, a estratégia de melhor custo/benefício para as montadoras, pois possibilita aumentar o volume de produção, como também a qualidade dos produtos lançados, graças à padronização e reutilização de componentes entre veículos de uma mesma família (e até entre famílias diferentes). Essa é a conclusão da engenheira Catia da Silva Ferreira, mestre em Engenharia Automotiva pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), que estudou o assunto profundamente para sua tese de Mestrado. Ela confirma que as montadoras têm conseguido, com os veículos globais, reduzir o tempo de lançamento de produtos e o investimento em novos projetos de desenvolvimento.

O consumidor também sai ganhando: “Os resultados esperados pelas montadoras refletem em vantagens para o consumidor, ou seja, veículos de menor custo e maior qualidade, globalização de produtos antes disponíveis apenas em mercados específicos, e também a padronização de uma parte dos componentes. Há a possibilidade de nacionalizar o restante dos subsistemas e componentes (motor e itens relacionados ao design do veículo, por exemplo), garantindo, assim, o atendimento das necessidades dos consumidores locais”, diz a engenheira, para quem o conceito de plataforma deixará de existir, prevalecendo a arquitetura global, que passou a ser adotada pelas montadoras mais recentemente, desde o início desta década. “Os dois conceitos buscam a padronização dos veículos, porém a arquitetura global valoriza a diferenciação dos componentes específicos para determinado mercado e também a padronização dos componentes que compõem a base estrutural e funcional do veículo. Por isso, é mais adequada para o mercado automotivo atual, que requer veículos modernos com design diferenciado e custo competitivo. Já o conceito de plataforma não apresenta essa flexibilidade”.

Apesar das diferenciações entre as montadoras, a estratégia de arquitetura global pode ser definida como um conjunto de módulos e componentes, com pontos de fixação comuns, que servirá de base para o projeto de diversos modelos de novos veículos. Um exemplo é a família Epsilon, da General Motors, cuja primeira versão já foi aplicada por sete marcas do grupo e em 13 estilos de carroceria (sedã, hatchback, conversível, station wagon, etc.), com a produção dos veículos em oito plantas de diferentes países. Atualmente, o centro de engenharia da Alemanha da GM é responsável pelo desenvolvimento da arquitetura do Epsilon global, voltado para veículos de passageiros e de médio porte. A empresa também possui a arquitetura global Gamma de veículos pequenos, sob a responsabilidade da divisão coreana.

Ao concluir o estudo Diretrizes para a Definição de Estratégias para o Desenvolvimento de Veículos Globais, em 2007, a engenheira Catia Ferreira identificou três aspectos evidentes da evolução do mercado automotivo mundial. “Primeiramente, o perfil do consumidor mudou muito; antes ele buscava apenas um meio de transporte, e hoje ele quer um veículo com funções para trabalho, diversão e segurança. Em seguida, vem o aumento de recursos eletrônicos (eletrônica embarcada), como injeção eletrônica e freios anti-blocante (ABS), que tornou os veículos mais sofisticados em segurança, funcionabilidade, entretenimento, estética e conforto. E, por fim, a maior preocupação das montadoras, consumidores e governo com o meio ambiente, que resultou no desenvolvimento de veículos com novas fontes de energia, como o biodiesel e as células combustível, além do uso de materiais com descarte não agressivo ao meio ambiente”. Atualmente, Catia Ferreira ocupa o cargo de Engenheira de Produtos da General Motors do Brasil. Ela desenvolveu o estudo sob a orientação do prof. Dr. Paulo C. Kaminski, do Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva da Poli/USP.


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