Equipe Poli de Baja lança novo carro para competição nacional

No dia 8 de fevereiro, a equipe Poli de Baja, formada por alunos da Escola Politécnica da USP,  lançou seu novo carro para competições universitárias, o Poli Aurora, em cerimônia realizada no auditório do prédio da Engenharia Mecânica. A equipe é orientada pelo Prof. Dr. Marcelo Alves, integrante do Centro de Engenharia Automotiva (CEA) da Escola.

O novo carro vai competir na 24ª Competição Baja SAE Brasil – Petrobras, que acontecerá entre os dias 22 e 25 de fevereiro, em São José dos Campos (SP). A equipe Poli de Baja participa da competição desde 2001 e tem uma trajetória bem-sucedida, com a conquista de vários prêmios.

Segundo Samuel Monção, capitão da equipe, o novo protótipo promete levar as características do último carro do Baja, o Cronos, além de conter melhorias adicionais feitas pelos estudantes. “Mudamos, por exemplo, a suspensão traseira, um projeto no qual nos dedicamos o ano inteiro”, explica. A estrutura do Aurora, apesar de parecer a mesma do anterior, também foi modificada: seus canos de sustentação agora têm ângulos diferentes, tudo para otimizar a performance do mesmo.

O Poli Aurora é um protótipo off-road, de estrutura tubular em aço, monoposto, para uso fora de estrada, seguindo as normas da competição SAE Brasil. “A proposta é fazer um veículo que possa superar qualquer tipo de obstáculo”, conta o capitão Samuel Monção. Por isso, é necessário saber balancear características como rapidez e resistência. “Não adianta projetarmos um carro que seja resistente, mas pese 300 quilos, e nem um carro leve e rápido que não aguente a primeira curva”.

Todas as peças do Aurora foram feitas sob medida, ou seja, são únicas e foram desenvolvidas especialmente para ele. O que pode ser uma vantagem para o veículo, mas também dificulta a troca das mesmas em caso de danos. “Fazemos muitas peças reservas pensando justamente na competição”.

A 24ª Competição Baja SAE Brasil tem 84 equipes inscritas de 18 Estados brasileiros mais Distrito Federal (DF), que representam 80 instituições de ensino superior. As equipes serão divididas em provas dinâmicas, que medirão as características do carro como capacidade de tração e aceleração do veículo, apresentações teóricas dos projetos aos juízes (geralmente pertencentes à indústria automotiva), e por fim na prova de enduro de resistência.

Samuel Monção explica a dificuldade de participar da prova final. “Geralmente somente 20% dos carros conseguem terminar a corrida”. O Aurora tem três pilotos cadastrados para o dia, todos pertencentes à equipe. “Às vezes não é vantajoso ficar trocando de piloto, porque perdemos tempo com isso, mas se deixarmos uma pessoa só, ela pode no final sofrer cansaço, desidratação e fadiga muscular”.

Essa competição universitária de engenharia é organizada, nacionalmente, pela SAE Brasil desde 1995. Para participarem, os estudantes têm de desenvolver, construir e testar os próprios carros e também são responsáveis pela administração da equipe e dinâmica de trabalho, o que inclui parte técnica e viabilidade econômica do projeto (busca de patrocínio).

*Texto escrito em conjunto com a Assessoria da Poli-USP, que fez a cobertura e entrevistas.


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