Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento do Produto reúne pesquisadores e mercado

A Escola Politécnica da Poli-USP sediou o 11º Congresso Brasileiro de Inovação e Gestão de Desenvolvimento do Produto (CBGDP), nos dias 4 e 5 de setembro, reunindo aproximadamente 200 participantes, entre pesquisadores, professores, estudantes e profissionais do mercado para discutir a inovação e a gestão de desenvolvimento de produtos e serviços no contexto da Internet das Coisas.

O evento é promovido pelo Instituto de Inovação e Gestão do Desenvolvimento do Produto (IGDP) e, nesta edição, foi organizado pela Poli-USP, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) e Universidade Federal do ABC (UFABC). O 11º CBGDP teve o apoio da Fundação Vanzolini, Centro de Engenharia Automotiva (CEA) e Programa de Educação Continuada (PECE), ambos da Poli-USP.

Realizado a cada dois anos, o Congresso consolidou-se como o principal fórum de discussão de engenharia na área. Segundo Paulo Carlos Kaminski, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli-USP, encarregado da organização geral do 11º CBGDP, foram selecionados mais de 150 projetos de pesquisa para a edição deste ano.

“O avanço tecnológico não é resultado do trabalho isolado de um pesquisador, mas uma percepção conjunta de demandas da sociedade”, destacou o professor Kaminski na abertura do evento. “Hoje são maiores os desafios de se encontrar novas metodologias para inovar e fazer a gestão do desenvolvimento de produtos. Há um contexto diferente, com novos drives no mercado, novos modelos de negócios nos quais os produtos são usados e consumidos como serviços, sendo preciso pensar em questões de segurança, privacidade, custo, sustentabilidade ambiental e social.”

O diretor da Poli-USP, professor José Roberto Castilho Piqueira, também presente na abertura do Congresso, destacou o papel da academia neste processo. “Por que nossa Engenharia, que tem gente tão competente em todos os Estados, em todas as escolas, não ocupa o lugar que deveria ocupar? Por que o Brasil está entre os dez maiores mercados consumidores de automóveis e não tem um fabricante de automóvel, só tem montadoras?”, questionou. “Temos de colocar nosso País na vanguarda industrial. Sem isso, não haverá progresso, melhoria na qualidade de vida, esperança em termos um País melhor”, completou.

Em sua avaliação, é preciso unir as escolas de Engenharia. “Pensem na união das escolas de Engenharia, trabalhando juntas, e não como concorrentes, incentivando o trabalho ‘mão na massa’. O aluno deve sair da escola tendo noção do ambiente onde ele vive, e sabendo que, ao se formar, é responsável pela geração de riqueza, de empregos”, destacou. Para isso, defendeu Piqueira, é preciso ter formação forte também na área de Humanidades. “Ele deve verificar o que as pessoas estão precisando, ajudar na solução de problemas.”

O presidente do IGDP, professor Maicon Gouvea de Oliveira, outro integramente da mesa de abertura, fez uma apresentação do Instituto e agradeceu o apoio da Poli-USP, da EESC-USP e da UFABC na realização do Congresso. Segundo ele, trata-se de uma das principais iniciativas da entidade, cujo foco de atuação é o desenvolvimento, aprimoramento e disseminação dos conhecimentos sobre inovação e desenvolvimento de produtos para os setores acadêmico e empresarial.

O 11º CBGDP ofereceu, nos dois dias, diferentes atividades, incluindo palestras, mesas-redondas, apresentação de trabalhos técnicos, visitas a laboratórios da Poli-USP, visita ao showroom da Samsung, e minicursos.

(*Texto elaborado com a participação da equipe de jornalismo da Poli-USP)


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